The Fênix - cap.2

                             '' Fênix'' 

      


" Luna - O que estás a fazer?- disse chegando perto -
            Eu - A fazer as malas para nunca mais voltar.- disse olhando para ela - "
Lily Cullen POV
A partir daquele dia eu e Luna andamos pelo mundo a fugir de Ian. Talvez a razão pelo qual ele ainda não nos apanhou é que ele anda à procura da pessoa errada, isto é ele procura a minha irmã e não a mim, uns meses depois da morte do nosso pai a Luna achou melhor trocar-mos de identidade, para o Mundo eu sou a irmã da escolhida e a Luna é a escolhida, no principio eu não concordei, a escolhida sou eu, logo eu tenho que arcar com as consequências e não ela, mas uma coisa eu sei muito bem, não vale a pena discutir com Luna, ela é osso duro de roer, tive que aceitar gostando ou não. Após 1 ano do nosso pai morrer Luna contou-me que falava com a nossa mãe desde a sua morte, como é óbvio eu fiquei digamos.... muito triste, chateada talvez, quer dizer eu sei que a matei mas independentemente das coisas eu a amo, Luna diz sempre que ela me ama e que só não aparece a mim porque Deus a proibiu, eu não acredito, eu acho que ela só diz isso para eu não me sentir mais culpada do que já sou. Mas da mesma forma que ela fala com a nossa mãe todas as noites, eu falo com o nosso pai, pois é desde a sua morte por incrível que pareça ele aparece todas as noites, mas o objectivo dele é diferente da mãe, a nossa mãe visita a Luna por causa das saudades e isso tudo, já o nosso pai é só para continuar o nosso treino, desde os meus 5 anos ele é o meu treinador/ pai, apesar de sempre ter sido mais treinador do que pai, nós treinamos os meus poderes e tácticas de luta, nós combinámos de todas as noites a partir das 2 da manhã até ás 5 da manhã nos encontrar-mos em qualquer floresta devido a estarmos sempre a mudar de casa, mas tinha que ser numa floresta, não poderíamos correr os riscos de sermos apanhados e se alguma noite eu falha-se o compromisso ele deixava de me treinar e de aparecer para o resto da minha vida. Desde então todas as noites nos encontramos, Luna não gosta muito dos nossos treinos porque eu sempre saiu ferida, mas eu sempre digo: " hoje pode doer, mas amanhã pode nos salvar", ela sempre fica seria e sai a bufar, eu apenas riu.
Desde pequenas o nosso pai nos ensinou digamos a fazer um diário, mas não é um diário qualquer, é um livro em que uma vez por ano temos que fazer uma "revisão" aos nossos poderes, isto é nós temos que fechar os olhos e nos concentrar no nosso coração, então quando abrimos os olhos um género de telegrama de um coração está à nossa frente, e nele conseguimos ver se está tudo bem com o nosso bem-estar tanto emocional tanto psicológico, e esse telegrama é gravado nos nossos livros, quando algo está mal, isto é quando uma cor diferente está em forma de ponto, mancha ou risca no nosso coração , significa que não estamos "equilibrados" e eu preciso de estar sempre equilibrada para a Fênix não despertar. O coração da Luna aparece em vermelho tal como qualquer coração que os humanos desenham, mas o meu aparece em Azul claro e luminoso, outra vez por causa da Fênix.
Eu vou vos contar quem é Fênix.
Fênix não é uma pessoa, animal ou objecto, sou eu, é o meu lado inconsciente que não se importa com sentimentos ou pessoas e que tem controlo por todos os meus poderes, Eu só a vi e " conheci" uma vez na vida e foi quando eu tinha 5 anos. 
* Flashback On* 
Estava a brincar no jardim à frente da nossa casa, quando o nosso papa chega do trabalho, ele saiu do carro e eu levanto-me para ir abraça-lo, no mesmo momento Luna sai de casa e passa por mim a correr em direcção do nosso papa, ele abraça-a e a roda no ar  fazendo-a rir, quando chego perto deles ele coloca-a no chão.
Pai - Que saudades da minha princesa.- disse e deu um beijo na testa da Luna, esta ri -
Eu - Olá papa.- disse desajeitadamente e sorrindo, este olha para mim e sorri fraco, dá-me uma festa na cabeça e diz -
Pai - Oi.- e vai-se embora com Luna abraçada a ele, ela olha para mim com pena, sinto os meus olhos encheram-se de lágrimas, ela pára no meio do caminho com intenção de vir até mim, mas antes de ela fazê-lo meu pai a puxa pelo braço fazendo-os entrar em casa -
A esta altura eu já chorava muito, apenas corri para a parte de trás da casa e lá vi a árvore em que eu costumava ficar sentada debaixo dos seus grandes ramos, quando queria ficar sozinha, sentei-me e comecei a chorar ainda mais ao ponto de soluçar alto, então de repente vi as minhas veias das mãos, seguidas pelos braços até ao meu coração ficaram num Azul claro bastante bonito e logo a seguir deixei de ver, desesperei até que ouvi uma voz na minha cabeça, uma voz um tanto suave mas com bastante terror dizer: " Não te preocupes agora estás em boas mãos" e logo em seguida riu, era óbvio que alguma coisa estava errada, eu poderia estar bem, mas eu sentia que as outras pessoas estavam em sérios problemas e isso incluía o meu pai e a Luna. Só me lembro de ver uma espécie de flash's e neles estavam o meu pai e Luna chegaram perto de mim assustados e com os olhos arregalados.
Luna - Pai o que está a acontecer?- disse assustada a olhar para mim - 
Eu - Nada maninha, eu estou bem e tu?-  a voz que eu ouvira à pouco saiu da minha boca, tal como as palavras, eu juro  que não tinha qualquer intenção de dizer aquilo - 
Pai - Luna vai para casa, agora.- disse e a puxou para trás de si, Luna estava paralizada por assim dizer - Agora Luna.- disse duro, esta pareceu acordar e correu para dentro de casa - 
Pai - Quem és tu?- disse entredentes -
Eu - Sou a tua filha, papa.- disse, a esta altura eu conseguia ver o meu pai perfeitamente, mas não tinha controlo do meu corpo e boca - 
Pai - O que fizeste à minha filha.- disse e começou a caminhar em "nossa" direcção -
Eu - Mais um passo e eu juro que te magoou .- disse e minha mão que ainda tinha as veias azuis, levantou-se em sua direcção, meu pai parou imediatamente -
Eu - Ela está e ficará bem, mas já não digo o mesmo de ti.- disse e riu, meu pai continuou sério, ele como vê que "fiquei" distraída a rir, avançou em minha direcção e eu fiz força e concentrei-me em falar e consegui, mas já era tarde.
Eu - Papá.- ouvi a minha voz gritar e então uma luz azul atingiu o meu pai na perna fazendo-o cair, aproximo-me e vejo na sua perna em carne viva uma cicatriz em forma de coração - 
Pai - Quem és tu?- disse cheio de dores - 
Eu - Fênix.- disse a voz e então apaguei -

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